Oi gente, tudo bom? Bem, durante os últimos dias a professora de português, Helena, mandou para a classe um livro sobre adoção. O Rapaz que não era de Liverpool. Eu li, e adorei o livro. Posto então a minha visão sobre ele.
O Rapaz que não era de Liverpool - Resenha Crítica
Edições SM, 1ª edição, 2006, 5ª impressão, 2009 - São Paulo. Coleção Barco a Vapor - Caio Riter.
O Rapaz que não era de Liverpool é um livro que trata sobre adoção. Marcelo é um adolescente de 15 anos que tem amigos legais, namorada bonita e família de comercial de margarina, entretanto, um dia descobre, através de uma aula de biologia, que é adotado. A certeza vem quando Inês, sua mãe adotiva, fala em claras palavras:
- Não, Marcelo, você não nasceu de mim!
Daí o livro começa a trazer a questão da mentira. Quem sabe Marcelo teria sofrido menos se Inês tivesse contado antes? Como ela pôde esconder isso por todos os 15 anos de sua existência?
Em uma mistura de sofrimento e exclusão, Marcelo tenta achar uma solução para seu problema. Um sentimento de diferença nasce dentro dele e nem mesmo seu vício pelos Beatles consegue acalentar as lágrimas da dúvida e da insegurança.
É possível sentir a sua dor? Será que em meio a tantas mágoas é possível encontrar uma solução?
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O Rapaz que não era de Liverpool é um livro interessante e emocionante que trás a seguinte questão para os leitores: Já se imaginou sendo adotado?
Ninguém se imagina nesse lugar, ninguém imagina como deve ser essa dor.
O autor realmente tocou no ponto exato da questão.
É um assunto pouco falado, mas que é necessário que seja reconhecido.
De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, todo filho adotado deve ter os mesmos direitos de um filho legítmo. Ou seja deve ser tratado como filho legítimo e amado como filho legítimo.
Mas se formos observar a visão daquela criança que sabe que adotada, tudo muda. Ela se sente totalmente diferente, se sente rejeitada, por mais que não seja.
Atualmente no Brasil é quase impossível ter uma família, cuja criança seja adotada, que siga os critérios da genética, ou seja, seja parecida com os pais adotivos. Entretanto, é isso que a maioria dos casais que adotam uma criança querem.
De acordo com uma pesquisa feita pela psicóloga Lídia Weber, professora da Universidade Federal do Paraná, a porcentagem de crianças negras e pardas adotadas no Brasil é de 34%, enquanto a de crianças brancas é de 64%. Então, é possível se perceber que ainda há um certo preconceito racial em torno das adoções. Afinal, o que as crianças brancas tem que as negras e pardas não tem? Então tudo isso envolve as adoções.
Os casais procuram sempre adotar crinças jovens e claras. Entretanto no Brasil, crianças consideradas claras são na verdade, mestiças. Afinal, o Brasil é uma mistura de cores. Não existe branco só branco ou negro só negro.
Além disso, levanto a questão da adoção por casais homosexuais. Na minha opinião, a decisão do Superior Tribunal da Justiça está totalmente correta. Afinal, se não fosse aprovado haveria por trás disso tudo um certo preconceito. Qual o problema de duas mulheres adotarem uma criança? Entretanto devemos também analisar o lado da criança sobre esta relação. Como a criança deve se sentir tendo como pais duas mulheres? Não sou ninguém para julgar a homosexuailidade, mas é preciso que haja essa observação também em julgamento. Pois, isso poderia danificar o pscicológico das crianças. Sou contra o preconceito, mas sou a favor do bem-estar do adotado.
Todavia, o que o livro quer realmente mostrar é a visão da criança adotada. Pesquisas mostram que 15% das crianças adotadas descobriram sua condição através de brigas e discursões dos pais adotivos.
Então, é um sofrimento muito grande. Só o sentimento de sentir que aquele não é o seu lugar acaba com a criança. A dúvida de quem são seus pais biológicos, a vontade de ir embora.
Assim, em torno de páginas recheadas de mágoas e solidão o nosso protagonista Marcelo, terá de achar uma solução para o que está sentindo. Mas será que é possível se sentir dentro de uma família depois de descobrir que é adotado?
Adoção é um gesto de amor e afeto. Crianças precisam de uma família, precisam de carinho. Adotar é lindo!
Beijão, Alanna Maques,
A.M <- Oo \ô/
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