Que dure para sempre! - Visita ao asilo Casa do Amor

Oi gente, tudo bem? Bom, nesta última terça-feira a professora de Português Helena Caldas, proporcionou a todos nós uma experiência única e inesquecível. 
Durante este período viemos estudando o livro Encontro com Flô de Laura Escudero. Este livro trata da mudança de vida de uma adolescente comum, como você e todos nós. 

Julieta é uma menina simples que vive problemas emocionais comuns da adolescência. Tudo ao seu redor parecia desconfortável, apenas o seu quarto era seguro, seu abrigo secreto. Foi quando, de uma hora para outra, sua avó Flora vem morar na sua casa e dormir no seu quarto. Foi aí, que Julieta teve certeza de que nunca mais teria paz para si. 
Sua avó mais parecia uma mala velha esquecida por dentro um quarto bagunçado. 
Julieta percebia o quanto ela sentia-se deslocada em meio a todos ao seu redor. A pobre, sofria de mal de alzheimer. Mas por que aquela velha tinha que ficar bem no seu quarto? Logo no seu abrigo? 
Obviamente, Julieta em hipótese alguma queria que aquela senhora estivesse estacionada em seu canto, mas o que havia de fazer? Apenas a raiva podia tomar conta dela agora.
O tempo foi passando, até que Julieta descobre que e meio aos "cacarecos" de
sua avó, haviam cartas antigas direcionada a uma tal de Anita. A curiosidade era maior do que tudo e não se deteve ao querer ler aquelas raridades.
E foi aí, que ela descobriu um pouco mais sobre aquela senhora calada e deslocada. Descobriu que ali, naquele poço de tristeza e solidão já morou uma adolescente comum, como ela. E nesse momento, é que ela notou que sua avó não era uma mala jogada, mas sim, uma vida inteira de experiências. Olhou para aquela mulher com outros olhos. Olhos curiosos, olhos cheios de intenções, olhos de vontade. Queria saber, apreciar, provar.
A cada carta uma experiência nova, uma descoberta, uma pedacinho a mais de Flora. Era ali, dentro das cartas que ela descobria uma nova pessoa, não aquela velhota abarrotada na cadeira da sala, mas sim, sua amiga, talvez até, sua irmã, afinal, como poderia elas serem tão parecidas? Era sim, havia um elo entre Julieta e sua avó. Um elo marcante que só vocês poderão descobrir.


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Pois bem, foi nesse livro aí, que nós, nos inspiramos para que pudéssemos ter todo o amor para oferecer nesta terça-feira, na qual nossa querida professora Helena, nos levou até o asilo para idosas Casa do Amor no Arruda.
Antes de mais nada, gostaria de ressaltar um trecho da Bíblia escrita na parede do asilo: Porque não havia lugar para eles... Lucas 2:7

Pois bem, nesses trechos bíblicos, acreditamos que é possível perceber o quanto estas pobres mulheres estão esquecidas, jogadas ao leu. 
Assim, estávamos todos nós prontos para dar amor e carinho à pessoas que tanto precisam. 
E foi em meio a risadas, conversas, lágrimas, descobertas, abraços, beijos e sorrisos que nos entregamos por inteiro para este lado simples e humano da vida. 
Cada um de nós, cada pedacinho de nós, nossos corações, foram entregues por inteiro para elas. 

É nesse momentos que percebemos o quanto perdemos tempo com coisas fúteis e esquecemos de dar aquilo que há de mais especial em nós: o amor. Aproveitamos cada segundinho, cada sorriso e cada vovó. 
Mulheres comuns, mulheres abandonadas, mulheres felizes, mulheres tristes, mulheres sozinhas... Todas elas estavam lá, esperando que alguém pudesse ampará-las, ouví-las e o mais especial, amá-las. E assim se fez. Todos amamos, aparamos e ouvimos.
Foi naquela tarde de terça-feira, dia 14 de setembro de 2010 que todos nós aprendemos a apreciar um pouco mais as coisas simples da vida, aquelas que menos importam, que nós desprezamos. Aprendemos a dar o amor e recebê-lo de maneira pura. 

Temos certeza que naquela tarde, aos olhos do Altíssimo, a felicidade emanou pelo peito delas e de todos nós.
Só temos a agradecê-la professora por nos proporcionar esta experiência tão gratificante. Pois, nós mesmos pudemos provar como é bom ver brotar um singelo sorriso e sentir nosso coração palpitar de alegria!

Muito obrigada! 

Alanna Marques, Eliabe Ricardo, Isabelle Krölls, Laís Bezerra, Laís Rodrigues e Marcelle Andrade*